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01-04-2003

Mensagem do Fim do Ano


Crónica da América

Crónica da América Mensagem do Fim do Ano Manuel Calado E, pronto, acabou-se a festa.Costuma dizer-se que quem quer festa, sua-lhe a testa. E, de facto, a quem suou a testa foi às cozinheiras que tiveram de preparar os arrozes, os assados e fricassés. Diz-se tambem, que o melhor da festa é esperar por ela. E o mesmo dito e filosofia se aplicam à sorte na lotaria. O melhor dos trezentos milhões de dollars do Big Lot foi esperar por eles. Agora, que toda essa riqueza contemplou apenas um afortunado, resta a decepção de todos os que não foram escolhidos. E estes têm razão para perguntar: mas, afinal, porque não eu ? Que mal fiz eu, para não ser considerado ? Boa pergunta, sim senhores! Mas a sorte é como Deus. Nunca dá uma palavra à gente. Esconde-se por detrás da cortina, por vezes brinca connosco, faz-nos pirraça, e outras vezes manda-nos de presente coisas pouco agradáveis. Mas Ele lá sabe. E só Ele é que sabe tudo. Nós somos uns ignorantes que andamos para aqui a vegetar, a comer o pão que o Diabo amassou. Mas como já perceberam, eu estou azpenas a fazer espírito. E dizia a minha avó que, com coisas sérias não se brinca. Mas isso era em outros tempos.Deus até gosta que se brinque com Ele de vez em quando. Ele não é inimigo da alegria e duma boa gargalhada.. Ele deve ter rido a bom rir, quando ontem, à noite, deixou 40 milhões de bípedes humanos decepcionados. Oh, ele deve ter rido com satisfação, e dito lá para consigo: «Por mais que diga a esta família, que não é bom jogar na lotaria, eles nunca aprendem a lição. Estes meus queridos filhos, são realmente inocentes ou burros, como se diz no mundo lá de baixo. Por mais que tente meter-lhes lógica na cabeça, não aprendem. Às vezes chego a arrepender-me de os ter criado”. O sonho é como um vinho especial, que injecta esperança no coração dos humanos. E, sem esperança, amigos, a vida não presta. «Ora basta que sim« - como diz o meu vizinho filósofo micaelense de Água de Pau. E ele sabe bem o que diz. Mas, voltando à «vaca fria«, como se diz aí na Bairrada, ou seja, ao tema que deu origem a estas falas, o Natal foi por aqui uma festa normal. Fizeram-se compras de bujigangas e ninharias que deram de comer a um milhão de chineses e também a alguns americanos e até portugueses.. O aniversário do nascimento do Menino traz às gentes do mundo uma espécie de fúria mansa, em que as pessoas gastam, gastam, até não haver mais um dollár no fundo da bolsa. E as companhias dos cartões de crédito fizeram um negocião. E na próxima semana, vão chegar as contas, acrescidas de juros de vinte por cento… Porem, tudo isto é parte do mundo mercantilista. E, sem mercado, as rodas da economia emperram. O consumo é o óleo que torna possivel o funcionamento desta máquina gigantesca, de que todos somos parafusos. O pior de tudo isto é quando as grandes corporações são tomadas de assalto por uma avalanche de gatunos de mau carácter, que roubam milhões , deixam as empresas em bancarrota, e milhões de pessoas sem trabalho e sem futuro. E esses ladrões, que deviam passar o resto da vida na cadeia, são tratados com luvas de lã, por uma justiça de olhos vendados, que só não vê, porque não quer. Quem rouba um pão, é ladrão . Mas se rouba um milhão, é financeiro. E um ladrao financeirom trata-se com respeito. Mas nao vale a pena lamentarmo-nos.. Há sempre alguém pior do que nós. E centenas de milhões de criaturas à volta do mundo eram capazes de dar uma orelha ou um braço para vir experimentar isto a que chamam o sonho americano. The American Dream.«. E estas são as minhas últimas falas do ano de dois mil e dois. Amanhã, partirei numa viagem que há muito ando a adiar..Se Aquele que tudo pode o permitirei passar o fim do ano à Ilha da Madeira, ainda terra portuguesa, do Max, do bailinho e do João Jardim, o imperador funchalense, que fala com voz grossa e firme, e bate o pe, sem medo, aos senhores do Terreiro do Paco... Fiquem-se por cá com Deus, tenham boas saídas deste e melhores entradas. do que há-de vir, e que, se ele não for melhor, pelo menos que não seja pior do que este. Mas como as coisas estão, parece que será bom pormos as barbas de molho, e preperarmo-nos para mais uma sangria nas areias do Médio Oriente. O nosso chefe jurou que havia de ir bater no Hussein, e a máquina está pronta para avança…. Feliz Ano Novo a todos. *Correspondente do Jornal da Bairrada na América (31 Dez / 14:12)

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